A África precisa estar ciente do "novo colonialismo" enquanto a China expande seus laços no continente e se concentrar em parceiros que possam ajudar a construir capacidade produtiva local, afirmou a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.
Questionada neste sábado em uma entrevista televisiva na Zâmbia sobre a crescente influência da China na África, Hillary disse que os africanos devem ficar atentos a parceiros que só negociam com as elites.
"Não queremos ver um novo colonialismo na África", afirmou Hillary em uma entrevista em Lusaka, a primeira parada em sua viagem de cinco dias pela África.
"Quando as pessoas vêm à África para fazer investimentos, queremos que elas sejam bem-sucedidas, mas também queremos que façam o bem", afirmou. "Não queremos que elas minem a boa governança na África."
A China injetou quase 10 bilhões de dólares em investimentos na África em 2009, e o comércio decolou enquanto Pequim compra petróleo e outras matérias-primas para abastecer sua crescente economia.
Durante sua presença no programa África 360, Hillary pediu investimentos "sustentáveis" de longo prazo e que vão beneficiar a África.
"Vimos que, durante o período colonial, é fácil entrar, tomar os recursos naturais, pagar os líderes e sair", afirmou.
A secretária de Estado citou os esforços norte-americanos para melhorar a governança política e econômica em países como a Zâmbia como exemplo de uma abordagem diferente.
"Os Estados Unidos estão investindo no povo da Zâmbia, não apenas nas elites, e estamos investindo para o longo prazo."
Os países africanos, segundo ela, podem aprender muito com a Ásia sobre como os governos podem ajudar a sustentar o crescimento econômico, mas disse que não via Pequim como um modelo de papel político.
"Estamos começando a ver um monte de problemas" na China e que vão se intensificar nos próximos dez anos, afirmou, citando os esforços chineses para controlar a Internet como um exemplo. "Há mais lições a aprender dos Estados Unidos e das democracias", disse.
A viagem de Hillary, que também a levará à Tanzânia e à Etiópia, tem o objetivo de realçar a política da administração Obama de ajudar os países africanos a superar desafios como a AIDS e a segurança alimentar e acelerar o crescimento econômico.
Olá meus amigos, segue ai uma reportagem sobre mas uma intromissão nos assuntos do continente africano.
ResponderExcluirDespois da colonização e descolonização do continente pelas grandes potências européias e associados (EUA, RUSIA, ENTRE OUTROS. Agora são os asiáticos, e os Estados Unidos, posando de baluart da liberdade.
Para a vergonha nossa, a forma como a África e os africanos são vistos no mundo, fica muito aquém daquilo que deveria ser. É um continente desprestigiado a todos os níveis no plano internacional, e ainda o menos desenvolvido quando se compara com os outros continentes - o que tem as maiores dificuldades económico-financeira, que por sua vez vai atraindo toda a sorte de flagelos sociais, nomeadamente à pouca esperança média de vida aos seus cidadãos, o fraco índice do desenvolvimento humano, a elevada taxa da mortalidade infantil e adulta, série de doenças, incluindo a malária o HIV, que continuam ainda hoje a dizimar milhares e milhões de vidas dos africanos, o problema da fome e da elevada taxa do analfabetismo, que já poderiam ser solucionados há bastante tempo, para não falar da realidade do narcotráfico, terrorismo que cada vez mais estão a minar o continente e do sistema corrupto e autoritário que praticamente vigoram em todos os estados africanos, que se traduz no desrespeito total pela democracia participativa e tremendas violações de Direitos Humanos.
ResponderExcluirLuciana Avezum Martus
Muito boa essa matéria!
ResponderExcluirVeja que ironia, a Secretária de Estado norte-americano alertando o povo africano sobre as intenções da China. Que povos maravilhosos são os norte-americanos, sempre preocupados com o bem-estar das pessoas ao redor do mundo! Ora, faça-me um favor, que as intenções da China refletem sua ganancia de crescer a qualquer custo, todos já sabemos. Mas qual é mesmo a intenção dos Estados Unidos na relação da China com os Países africanos.
Por Francisca Iramí
Muito boa essa matéria!
ResponderExcluirVeja que ironia, a Secretária de Estado norte-americano alertando o povo africano sobre as intenções da China. Que povos maravilhosos são os norte-americanos, sempre preocupados com o bem-estar das pessoas ao redor do mundo! Ora, faça-me um favor, que as intenções da China refletem sua ganancia de crescer a qualquer custo, todos já sabemos. Mas qual é mesmo a intenção dos Estados Unidos na relação da China com os Países africanos.
Por Francisca Iramí
Pertinente a matéria que expõe na verdade o novo colonialismo no continente Africano, através do interesse político e econômico da China e dos Estados Unidos em desenvolver ou explorar as terras do continente Africano?
ResponderExcluirDulcinéia.