A origem do nome – África: O nome deriva de avringa ou afri, tribo berbere que na Antiguidade habitava o norte do continente. Começa a ser usado pelos romanos a partir da conquista de Cartago para designar províncias a noroeste do Mediterrâneo africano (atuais Tunísia e Argélia). No século XVI, com o avanço dos europeus para o sul, o nome generaliza-se para todo o continente.
Limites – Paralelo 37º norte (cabo Bon na Tunísia); mar Mediterrâneo (N); mar Vermelho (NE); oceano Índico (L) e Paralelo 38º8′ sul no oceano Atlântico (S, O e NO).
Área – 30,33 milhões de km² – 19% das terras emersas do planeta.
Divisão – 53 países.
População – 681,7 milhões de habitantes. Densidade média (hab./km²): 22,47.
As características físicas do continente africano
O continente é cortado pelo Equador e 75% do território situa-se entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. É o continente mais tropical, embora possua faixas subtropicais nas extremidades norte e sul. Predominam altas temperaturas. Um terço do território é de áreas desérticas, 40% não têm rios. As terras aráveis somam 17,8% e as florestas, 31,5%. Detém 69% das terras áridas do planeta. O litoral é pouco recortado. As planícies são ocupadas por lagunas e pântanos. Apresenta cadeias de montanhas ao norte, os Atlas, na Tunísia, Argélia e Marrocos.
Clima
O clima: está ligado diretamente à localização geográfica, diante disso e de outros fatores o clima dessa região do planeta oscila desde intertropical, mediterrâneo e semi-árido. Grande parte do território está situada geograficamente na zona intertropical da Terra e recebe uma enorme quantidade de calor, diante disso as temperaturas anuais no continente são sempre acima dos 20ºC, outro fator ligado à dinâmica do clima na África é o relevo, mais precisamente as cadeias de montanhas que impedem que massas de ar ingressem no interior alterando a configuração do clima.
Existe uma enorme disparidade quanto à incidência de chuvas no continente, enquanto existem elevados índices pluviométricos nas áreas intertropicais, outras convivem praticamente com ausência desse fenômeno natural, como no caso dos desertos.
A predominância de climas na África acontece de forma distinta, desse modo apresenta clima equatorial e ocorre principalmente na parte central do continente, com temperaturas que variam entre 25ºC e 30ºC, e chuvas entre 2.000 e 3.000 mm ao ano.
O relevo Africano predominante planáltico apresenta considerável altitude média de 750m.Ocupa as regiões central e ocidental, em sua quase totalidade, planaltos intensamente erodidos, constituídos por rochas muito antigas e limitados por grandes escarpamentos. Ao longo do litoral, situam – se as planícies costeiras, geralmente estreitas , salvo a oeste e nordeste, quando se estendem para o interior .Na porção oriental da África encontra-se uma de suas características físicas mais marcantes: falha geológica estendendo-se de norte a sul, em que se sucedem planaltos e depressões relativas.É nessa região que se localizam os maiores lagos do continente, circundados por algumas das mais altas montanhas: Quilinmanjaro (5 895 metros), Quênia (5199 metros) e Ruvenzori (5 109 metros).
Podemos destacar ainda dois grandes conjuntos de terras altas, um no norte, outro no sul, do continente:
- a Cadeia dos Atlas, que ocupa a região sentrional do Marrocos, da Argéria e da Tunísia. Chegam atingir mais de 4 000 metros de altura;
- a Cadeia do Cabo, na África do Sul. É de formação antiga, culminando nos Montes Drakensberg com mais de 3 400 metros de altura.
A Hidrografia - Tendo suas regiões norte e sul praticamente tomadas por desertos, a África possui relativamente poucos rios. Alguns deles são muito extensos e volumosos, por estarem localizados em regiões tropicais e equatoriais; outros atravessam áreas desérticas, tornando a vida possível ao longo de suas margens.
A maior importância cabe ao Rio Nilo, o segundo mais extenso do mundo. Nasce nas proximidades do Lago Vitória, percorre o nordeste africano e deságua no Mediterrâneo.
Além do Nilo, outros rios importantes para a África possui alguns são o Congo, o Niger eo Zambeze.
No que se refere aos lagos, a África possui alguns muitos extensos e profundos, a maioria situada no leste do continente, como o Vitória, o Niassa, o Rodolfo e o Tanganica.
A Vegetação – Florestas equatoriais – Ocorrem nas baixas latitudes, compreendendo a parte centro-ocidental da África. Como estão em áreas quentes e úmidas, possuem folhas largas (latifoliadas) e sempre verdes (perenes). As árvores podem ter até 60 m (castanheira). Apresentam grande variedade de espécies (floresta heterogênea). Os solos em geral são pobres. São conhecidas como autofágicas (que se alimentam de si mesmas) em função da grande quantidade de húmus proveniente das folhas, galhos e troncos.
Savanas ou cerrados – Aparecem na faixa intertropical em locais onde ocorre uma estação seca (inverno), impedindo o aparecimento de florestas. São formações vegetais encontradas na larga faixa do centro da África, litoral da Índia. Têm plantas rasteiras (herbáceas), intercaladas por árvores de pequeno porte. No período de seca, as folhas caem para evitar a evaporação. No Brasil são chamadas de cerrado e na África, de savana.
Desertos – Nas áreas desérticas, como no Saara, Kalaari, Arábia e Irã, não há vegetação permanente. Em alguns locais, surge uma “erva rasteira” após as chuvas. Nas regiões onde aflora o lençol freático (lençol subterrâneo de água) podem surgir oásis, com palmeiras (tamareiras).
Informações importantes sobre o Continente Africano:
- A África é o segundo continente mais populoso do mundo (fica atrás somente da Ásia). Possui, aproximadamente, 800 milhões de habitantes.
- É um continente basicamente agrário, pois cerca de 63% da população habitam o meio rural, enquanto somente 37 % moram em cidades.
- No geral, é um continente pobre e subdesenvolvido, apresentando baixos índices de desenvolvimento econômico. A renda per capita, por exemplo, é de, aproximadamente, US$ 800,00. O PIB (Produto Interno Bruto) corresponde a apenas 1% do PIB mundial. Grande parte dos países possui parques industriais pouco desenvolvidos, enquanto outros nem se quer são industrializados, vivendo basicamente da agricultura.
- O principal bloco econômico africano é o SADC (Southern Africa Development Community), formado por 14 países: África do Sul, Angola, Botswana, República Democrática do Congo, Lesoto, Madagascar, Malaui, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
- Além da agricultura, destaca-se a exploração de recursos minerais como, por exemplo, ouro e diamante. Esta exploração gera pouca renda para os países, pois é feita por empresas multinacionais estrangeiras, principalmente da Europa.
- Os países africanos que possuem um nível de desenvolvimento um pouco melhor do que a média do continente são: África do Sul, Egito, Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia.
- Os principais problemas africanos são: fome, epidemias (a AIDS é a principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de guerra civil).
- Os índices sociais africanos também não são bons. O analfabetismo, por exemplo, é de aproximadamente 40%.
- As religiões mais presentes no continente são: muçulmana (cerca de 40%) e católica romana (15%). Existem também seguidores de diversos cultos africanos.
- As línguas mais faladas no continente são: inglês, francês, árabe, português e as línguas africanas.
Geografia da África:
- Principais rios: Nilo, Níger, Congo, Limpopo, Zambese e Orange.
- Clima: Clima Mediterrâneo (chuvas na primavera e outono) no norte e sul; Clima Equatorial (quente e úmido) no centro.
- Relevo: Monte Atlas (norte), Planalto Centro-Africano (região central), Grande Vale do Rift com altas montanhas e depressões (leste). Na região norte destaca-se o Deserto do Saara.
- Cidades mais populosas: Cairo (Egito), Lagos (Nigéria), Kinshasa (R. D. do Congo), Cartum (Sudão), Johanesburgo (África do Sul) e Gizé (Egito).
- Clima: Clima Mediterrâneo (chuvas na primavera e outono) no norte e sul; Clima Equatorial (quente e úmido) no centro.
- Relevo: Monte Atlas (norte), Planalto Centro-Africano (região central), Grande Vale do Rift com altas montanhas e depressões (leste). Na região norte destaca-se o Deserto do Saara.
- Cidades mais populosas: Cairo (Egito), Lagos (Nigéria), Kinshasa (R. D. do Congo), Cartum (Sudão), Johanesburgo (África do Sul) e Gizé (Egito).
- Países que fazem parte do continente africano: Angola, Argélia, Botswana ,Camarões, Lesoto , Madagascar, Malawi, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Zâmbia, Zimbábue, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Chade, Congo, Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, São Tomé e Príncipe, Togo, Egito, Líbia, Marrocos, Saara Ocidental, Sudão, Tunísia, Burundi, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quênia, Ruanda, Seychelles, Somália, Tanzânia, e Uganda.
Quadro Humano do Continente Africano
Pequena população relativa e distribuição irregular – Apesar de ser o terceiro continente em extensão territorial, a África é relativamente pouco povoada. Abriga pouco mais de 600 milhões de habitantes e uma densidade demográfica de 20 habitantes por quilômetro quadrado.
Essa pequena ocupação demográfica encontra explicações nos seguintes fatores:
- grande parte do continente é ocupada por áreas desfavoráveis a concentrações humanas;
- os índices de mortalidade são muitos altos;
- a África é um continente que recebeu poucas correntes migratórias.
A população africana caracteriza-se também pela distribuição irregular. O Vale do Nilo, por exemplo, possui densidade demográfica de 500 habitantes por quilômetro quadrado, enquanto os desertos e as florestas são praticamente despovoados.
A quase totalidade dos países africanos exibe características típicas de subdesenvolvimento: elevadas taxas de natalidade e de mortalidade, bem como expectativa de vida muito baixa. Resulta desses fatores a preponderância de jovens na população, que, além apresentarem menor produtividade , requisitam grandes investimentos em educação e nível de emprego.
Maioria negra e diversos grupos brancos – A maior parte da população africana constituída por diferentes povos negros, mas é expressiva quantidade de brancos, que vivem principalmente na porção setentriorial de continente, ao norte do Deserto do Saara.
sudaneses: em sua maior parte habitam as savanas que se estendem do Atlântico ao vale superior do Rio Nilo. Vivem basicamente do agricultura ;
bantos: habitam a metade do sul do continente e têm como atividades principais a criação gado e a caça;
nilóticos: são encontrados na região do Alto do Nilo e caracterizam-se pela estatura elevada;
pigmeus: de pequena estatura, vivem principalmente na selva do Congo e em seus arredores, onde baseiam sua subsistência na caça e na coleta de raízes;
bosquimanos e hotentotes: habitam a região do Deserto de Calaari, distinguem-se como grandes caçadores de antílopes e avestruzes.
Em correspondência com os três diferentes ramos étinico-culturais, encontram-se na África três regiões principais: o islamismo, que se manifesta sobretudo na África Branca, mas é também professado por numerosos povos negros; o cristianismo, religião levada por missionários e professada em pontos esparsos da continente; o animismo, seguindo por toda África Negra.
Um continente de famintos - Adversidades climáticas somente ampliam a miséria de milhares de africanos, que vivem abaixo das condições mínimas de sobrevivência.
Com a agricultura extensiva, matas são derrubadas e em seus limites o deserto avança.
Outro problema é o descompasso existente entre o enorme crescimento populacional eo reduzido crescimento populacional e o reduzido crescimento, ou mesmo estagnação, da agropecuária.
Conflitos de um continente mal dividido - A atual divisão política da África somente se configurou nas décadas de 60 e 70. Durante séculos, o continente foi explorado pelas potências européias – Inglaterra, França, Portugal, Espanha, Bélgica, Itália e Alemanha, em zonas de influencia adequadas aos seus interesses. Ao conseguirem a independência, os países africanos tiveram de se moldar às fronteiras legadas pelos colonizadores. Estas, por um lado, separavam de modo artificial grupos humanos pertences às mesmas tribos, falantes dos mesmos dialetos e praticantes dos mesmos dialetos e praticantes dos mesmos costumes, submetia-os, por outro lado, à influencia de valores europeus.
Divisão das regiões Geográficas do continente africano
Norte da África – Abrangendo Egito, Líbia, Argélia, Tunísia e Marrocos, a região é fonte de preocupação para a Europa em virtude do crescente fluxo migratório desses países, em especial para a França e Alemanha. Durante as décadas de expansão econômica de 70 e 80 esse fluxo é bem recebido por facilitar a substituição dos trabalhadores europeus, mais qualificados e mais caros, por trabalhadores imigrantes nos serviços pesados e insalubres. A recessão do final dos anos 80 e a rápida elevação do desemprego tecnológico invertem a situação, já que os imigrantes passam a disputar vagas de trabalho com os trabalhadores europeus. Crescentes medidas restritivas são adotadas pelos países europeus para deter as migrações, agravando os problemas econômicos e sociais do norte da África.
África Subsaariana: A região da África Subsaariana é composta por 47 países: África do Sul, Angola, Benin, Botsuana, Burkina Fasso, Burundi, Camarões, Cabo Verde, Chade, Congo, Costa do Marfim, Djibuti, Guiné Equatorial, Eritréia, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Ilhas Comores, Lesoto, Libéria, Madagáscar, Maláui, Mali, Mauritânia, Maurício, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Quênia, República Centro-Africana, Ruanda, República Democrática do Congo (Ex-Zaire), São Tomé e Príncipe, Senegal, Seychelles, Serra Leoa, Somália, Sudão, Suazilândia, Tanzânia, Togo, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.
A região é a única no mundo onde o número de pessoas vivendo sob extrema pobreza, com menos de US$ 1 ao dia, quase que dobrou entre o início dos anos 80.
A África subsaariana, cuja população representa pouco mais de 10% da população mundial, abriga cerca de 60% das pessoas infectadas com o vírus HIV em todo o mundo. A região conta com 25,8 milhões de soropositivos e continua sendo o local mais atingido pela Aids. Esse número é maior em 1 milhão se comparado com as estatísticas de 2003. Ela é considerada por muitos como a região mais pobre do planeta, nesta parte da África estão localizados os países (33 dos mais pobres que existem) com grandes problemas estruturais sofrendo os graves legados do colonialismo, do neocolonialismo, dos conflitos étnicos e da instabilidade política. A expectativa de vida não ultrapassa os 47 anos, o índice de alfabetização de adultos atinge 63%, e o nível de escolaridade chega a 44%.
A falta de água gera problemas devastadores para a região, além disso, a situação se agrava devido aos períodos de seca e pela desastrosa gestão dos recursos hídricos. Tudo isso causa fome e doenças, provocando o êxodo de muitos nativos.
A África sub-saariana é a região mais afetada pelo HIV, nos últimos anos, numa faixa de terra que vai desde a África Ocidental até o Oceano Índico. Hoje existem mais de 35 milhões de órfãos na África sub-saariana, calcula-se que, destes, aproximadamente 11 milhões são órfãos pelo fato de seus pais terem morrido em decorrência de doenças causadas pelo vírus HIV.
África do Sul – As eleições multirraciais e multipartidárias de 1994, com a eleição de Nelson Mandela para presidente, abrem um novo capítulo na história do país, extinguindo totalmente a política do apartheid e estabelecendo direitos de cidadania para a maioria negra da população. O sistema de governo adotado, no qual todos os partidos com representação no Parlamento também estão representados no governo, necessita de um período de tempo para comprovar sua viabilidade. As tendências separatistas dos zulus e dos direitistas brancos permanecem presentes, embora a situação econômica tenha melhorado com o fim do bloqueio econômico e a retomada do fluxo de investimentos